segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O TRABALHO DIGNIFICA "O HOMEM"



Desde que as pessoas se entendem por gente, também compreendem que o trabalho é necessário para dignificar o homem. É dele que se tira tudo que necessitamos para  viver. É através dele que podemos escalar os “Everests” da vida e nos desviar dos “icebergs” no mar agitado do nosso dia a dia.
No entanto, o trabalho assalariado está cada vez mais escasso e hoje há uma verdadeira competição por vagas, visto que grande parte das empresas trocou a mão de obra humana pelas máquinas, dificultando ainda mais ao homem encontrar seu lugar ao sol.
Na realidade, em nossos dias o maior trabalho que o homem pode ter é o de encontrar trabalho, e quando o encontra este vem munido de um salário mesquinho e miserável, e ao invés de dignificar o homem o escraviza, roubando-lhe todo o seu tempo e suas energias que poderiam ser dispensados em algo enriquecedor como o convívio familiar e a educação.
Daí  se tira a conclusão de que o trabalho só dignifica o homem quando este  pode usá-lo em seu favor, isto é, quando o homem pode tirar proveito dele,  e não como vemos em nossos dias: pessoas sendo sugadas pelos seus empregos, que tiram sua liberdade de lazer, e lhes fecham a porta para a educação, mantendo-as prisioneiras e tornando-as apenas sobreviventes ao invés de possibilitá-las melhores condições de vida.
Enquanto não fizerem a relação “trabalho-trabalhador”, o único “homem” que continuará a sentir-se digno, é o patrão, já que suas contas estão sempre recheadas e em seu julgamento de valor costuma confundir “moeda” com “moral”, pois a balança que usa para pesar o quanto é digno são as cifras com as quais compra a consciência dos que os apoiam.
No entanto, para o trabalhador, a única dignidade que encontra em seu trabalho é a de não trocar sua honra surrupiando o dinheiro alheio. É a dignidade de conservar sua consciência tranquila a ponto de poder dormir amparado pela certeza de que foi merecedor de cada centavo, e  de muito mais, apesar da miopia egocêntrica de seus superiores não permitir que os tais enxerguem o quanto seus funcionários são indispensáveis para continuarem a manter a arrogância de se pressuporem os “Reis da Cocada Preta”.


 Leila Castanha

2011






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