sábado, 30 de agosto de 2014

QUEM AMA NÃO PERDE


Imagem extraída de https://quemdisse.com.br/frase/quem-ama-nao-perde-nunca/103695/


A perda é o maior meio de  ganhar algo na vida
Perdendo a companhia  me abraça a ausência
Na perda da coragem  vem o medo a assobrar-me
Na perda da vergonha, me advém a indecência

Se perco o doce sono me fustiga a má vertigem
E o abrir de boca insano a cabeça vem girar
Se perco um bom momento se aproxima a dura culpa
Se perco a saúde, chega a morte a me rondar

Ao ir-se os belos anos resta a mim a vil velhice
Que tem habilidades em roubar, subtrair
E indo a certeza, logo a dúvida me acerca
Se perco a coragem, vem o medo me afligir

Porém nem tudo é triste quando a perda se apodera
Porquanto certas coisas não se finda no findar
Perdi tua presença quando a morte a mim roubara
Mas tenho as lembranças que ficaram em teu lugar.


Leila Castanha

08/2013

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

LABIRINTO TEXTUAL

Escritas fatiadas, com excesso de recheio
Caindo pelas bordas, emperrando a fruição
Engasgos de palavras, vomitadas, misturadas,
Os  pontos engolidos  e cuspida  a coesão

Um show de incoerência na imagem de seus códigos;
Enigmas difíceis para os olhos decifrar
Tremendos labirintos, que nas folhas se embaralham
Não deixam  a mente livre em seu texto navegar

São ondas de vacilos, incertezas e achismos
Sintomas de um mundo não pensante, que não lê
Um círculo fechado no ostracismo e na preguiça
Que rouba da linguagem a sedução e o prazer

São linhas balançando no suéter tricotado
Mal feita a bela arte aos leitores não apraz
Não há enlaçamento para os fios, desconexos,
Em meio as rupturas seu sentido se desfaz

São crias de pais faltos de suporte ou de bom senso
Crianças desprezadas, que nem sabem o que são.
Copistas, enganadas pelos aios da cultura,
Pseudo-estudantes, numa escola de ilusão

Leila Castanha
08/2015





segunda-feira, 11 de agosto de 2014

E QUEM SOU EU?


Refletindo o meu homem interior
Vasculha a essência da minha'alma
Tento compreender com  muita calma
O ser criado criado, o homem que eu sou.

Analiso a minha existência
Sinto egocêntrico controverso
Me afogo ao pensamento, submerso
Procuro desvendar minha vivência!

De onde vim... e quem sou? Me interrogo.
Consulto livros e histórias,,, fico só,
Assim, sem entender relatos seus.

Busco o Livro dos livros, vejo luz
Que pelo Pai Eterno, vim do pó,
Dando seu sopro: "sou pensante...
Vim de Deus!"

Laerço dos Santos
(retirado do livro Poesias do Coração)